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Tireoidite de Hashimoto

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(Entrevista para Revista Seleções 12/03/2021)

O que é a tireoidite de Hashimoto?

A Tireoidite de Hashimoto é uma inflamação autoimune da glândula tireoide, que fica na parte anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão (mais conhecido como gogó). A glândula tireoide é uma importante glândula do corpo; ela é comandada por outra que é a hipófise (que fica no cérebro) e produz hormônios muito importantes que são usados pela maioria das células do corpo humano, promovendo a homeostase, o equilíbrio de várias funções metabólicas.

 

Por que ela ocorre?

Ela ocorre devido a um erro do sistema imunológico, que fabrica anticorpos contra as suas células ou ainda contra seus receptores de membrana, e com isso ela pode responder de 03 maneiras: 1) trabalhando mal- é quando falamos que há o hipotireoidismo, isso é, a glândula não consegue produzir os hormônios em níveis adequados ao que o corpo precisa; 2) ou ainda ela pode reagir trabalhando muito, geralmente na fase inicial da doença, o que chamamos de fase de hipertireoidismo da tireoidite de Hashimoto; 3) e ainda há casos em que a glândula é atacada pelo sistema imunológico, mas ela continua trabalhando bem, não há alteração da função da tireoide apesar da inflamação, o que damos o nome de eutireoidismo.

 

Há fatores de risco para sua ocorrência?

Sim. Dizemos que quando uma pessoa já tem uma doença autoimune, ela pode ser mais suscetível a ter outra doença do sistema imunológico e deste modo, pode desenvolver o Hashimoto. Na América, estima-se que a causa mais comum de hipotireoidismo é a autoimune, e mulheres, indivíduos mais idosos, os que têm familiares com história de doença tireoidiana prévia e ainda aqueles que são acometidos por síndromes cromossômicas, são indivíduos onde a doença é mais prevalente.

 

Quais são os sinais de alerta para uma possível tireoidite de hashimoto (sintomas)?

Os sinais são relativos, alguns sentem que algo incomoda ou têm um volume “que cresceu” observado na garganta. Já os  sintomas da doença dependem da ocorrência da tireoidite, que como falamos, podem ser de uma hipofunção da glândula, podendo o paciente apresentar intolerância ao frio, cansaço, alteração de memória, retenção de liquido, ganho de peso, constipação intestinal, pele ressecada, queda de cabelos; já na hiperfunção glandular os pacientes podem queixar-se de muito calor, insônia, agitação, perda de peso, suor excessivo; Alguns sintomas são comuns nas duas ocorrências, como o cansaço e a alteração de memória e essas manifestações podem ser leves ou ainda mais graves, levando a arritmias cardíacas e ainda quadros psiquiátricos importantes.

 

Como é feito o tratamento? Tem cura?

O tratamento depende da função da glândula e se houver necessidade, há a reposição dos hormônios no caso do hipotireoidismo ou ainda o médico prescreve medicações que suprimem a atividade glandular, em casos de hipertireoidismo. Porém não podemos esquecer que a tireoidite de Hashimoto é uma doença do sistema imunológico e como tal, há necessidade do paciente adotar hábitos de vida mais saudáveis que vão ajudar – e muito, o controle da doença. Ocasionalmente a doença é transitória e pode ter cura, mas na maioria das vezes ela se comporta como uma doença crônica e como tal, o sucesso do tratamento passa pela adesão a um estilo de vida com mais qualidade. Cito aqui alguns exemplos: aderir a uma dieta rica em fibras e nutrientes (a dieta é muito importante assim como a saúde intestinal do paciente), evitar açúcar e refinados, ter uma boa ingesta de água, realizar atividades físicas regulares, ter boa qualidade de sono, manter amizades e relações interpessoais sadias e  ainda diminuir níveis de stress.

 

Em quais casos a cirurgia é indicada?

A cirurgia pode ser indicada se a glândula crescer muito de tamanho, condição chamada de bócio, e ainda se este bócio comprimir estruturas do pescoço que possam comprometer as funções de outras estruturas locais e também em alguns casos em que nódulos grandes também possam comprometer a função destas estruturas.

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Dra adriane pitta

CRM 169441-SP

Formada em Clínica Geral e Pós-graduada na modalidade Lato Sensu em Endocrinologia e Metabologia, que é a minha área de atuação.

Eu acredito e faço, dentro das particularidades da especialidade, uma medicina inclusiva, com uma abordagem funcional e integrativa.

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